EVANGELIZAR NO CORAÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS:
"Sou missionário, sou Povo de Deus; sou índio, caboclo mestiço, fazendo da vida a missão. Aqui nesta grande tapera da Igreja Amazônica sou mensageiro de um Deus que é irmão... Somos filhos da Igreja do Norte, missionários desta região. Formamos a comunidade nesta geografia que temos nas mãos. Aprendemos a ouvir a mensagem de um Deus que nos fala na brisa, nas águas, nas flores, no chão... Jesus Cristo nosso guia, anima o nosso caminhar; nos aponta o caminho certo e de braços abertos vem nos ensinar" (Manoel Neris, Manacapuru, Prelazia de Coari-AM)

domingo, 5 de maio de 2013

MAIO, MÊS DE MARIA : 2013



O mês de maio é o mês dedicado a nossa devoção a Maria, a Mãe de Jesus e da Igreja. Celebramos em maio três festas importantes, dedicadas a Maria: dia 13, Nossa Senhora de Fátima; dia 24, Nossa Senhora Auxiliadora, e dia 31, a Visitação de Maria a sua prima Isabel. Desde o início da evangelização do Brasil, Nossa Senhora teve uma grande presença na formação e na vivência cristã do nosso povo. Pode-se dizer que a nossa cultura tem raiz cristã e mariana. Basta observar quantas dioceses, paróquias, cidades, vilas, bairros, serras, rios, colégios, empresas, pessoas trazem o nome da Mãe do Céu, para perceber o quanto o nosso povo, venera e ama a Virgem Maria.
Conforme os dados históricos desde o séc. V a Igreja do Oriente canta os seus louvores a Maria. As pessoas se reúnem nas casas ou nas ruas para cantar os cantos marianos. As pessoas se reúnem ao redor das estatuas de Maria para louvar a Deus. No paganismo antigo, no mês maio se honrava a deusa da vegetação “Flora Máter”. Os primeiros cristãos diziam que aquela que merece ser venerada por “todas as gerações” (Lc 1,48) é a Imaculada Mãe do Filho de Deus!
Na Igreja do Ocidente o mês de maio ganhou força com o rei da Espanha, Afonso X (+1284), o Sábio. O rei convidava os seus amigos para louvar a Maria na sua residência. O rei convidava os seus súditos para se reunirem de tardinha para louvores a Maria. O bem aventurado dominicano Enrique Suzo (+1366) lembrando a sua infância dizia que no mês de maio, junto com outras crianças tinha o costume de colher as flores e oferecê-las a Nossa Senhora. As vezes eles faziam de flores as coroas e coroavam a Nossa Senhora. Esta devoção individual e familiar vai crescer e se tornar mais oficial. Das ruas e casas vai para os templos.
Em 1549 foi publicado na Alemanha um livro intitulado “O Maio espiritual” onde se fala pela primeira vez do Mês de Maio! São Filipe Neri (+ 1595) juntava as crianças ao redor das imagens ou estatuas de Maria, cantando e oferecendo flores a Maria. Convidava os adolescentes a oferecer a Maria as boas obras e bons propósitos. Os noviços dominicanos no séc. XVII, na Itália, no mês de maio se reuniam diante da imagem de Maria cantando e fazendo bons propósitos. O verdadeiro criador do Mês de Maio é o jesuíta italiano Pe. Ansolani (+1713). Foi ele que organizava, durante o mês de maio, na capela real em Nápoles, os concertos marianos, que terminavam coma benção do Santíssimo Sacramento. Em 1456, o papa Calisto III ordenou que os sinos das igrejas tocassem três vezes ao dia - ao amanhecer, ao meio-dia e às seis da tarde - exortando os cristãos a rezarem o Ângelus como forma de pedir a intercessão à Virgem.
A parte central da celebração do Mês de Maria é o canto da Ladainha chamada de Loretana. Ladainha, do grego litaneuein e do latim litania, significa 'pedir insistentemente'. Trata-se de um tipo de rogação responsorial, usada tanto em funções litúrgicas quanto em devoções particulares. A popularidade da Ladainha Loretana remonta ao século XVI e ao Santuário da Anunciação em Loreto (próximo a Ancona, Itália), para onde, segundo uma tradição piedosa, os anjos teriam milagrosamente transportado a casa em que residiu Maria Santíssima. A Ladainha Loretana na sua maioria é composta por um conjunto de invocações estritamente bíblicas. Sob vários pontificados, entretanto, foram sendo acrescidas novas invocações, motivadas por dogmas definidos pela Igreja, por situações particulares pelas quais passava o mundo e mesmo por devoção especial dos papas. Assim, Leão XIII (+1903) acrescentou “Rainha concebida sem pecado original”, em virtude do dogma da Imaculada Conceição (promulgado em 1854). Pio X (+1914) acrescentou a invocação “Mãe do bom conselho” e Bento XV (+1922) a invocação “Rainha da Paz”, em virtude da I Guerra Mundial. Pio XII (+1958), após a proclamação solene do dogma da Assunção de Nossa Senhora, acrescentou o título “Rainha assunta ao céu”. Após o Concílio Vaticano II, Paulo VI (+1978) acrescentou a invocação “Mãe da Igreja”, enquanto João Paulo II (+2005) a invocação “Rainha da família”.
O Papa Pio VII foi o primeiro Sucessor de São Pedro a conferir ao mês de maio especiais indulgências, em 1815. Os papas posteriores vão confirmar esta devoção mariana. Por exemplo, em 1897 o Papa Leão XIII, estabeleceu, ao lado do mês de maio, também o mês de outubro como um mês mariano. O papa dizia: “Depois de havermos dedicado a esta divina Mãe o Mês de Maio com o dom das nossas flores, consagremos-lhe também, com afeto de singular piedade, o Mês de Outubro, que é mês dos frutos (o Mês do Rosário)”.
Às vezes, nós católicos, somos criticados pelo culto que prestamos a Maria. Há quem diga que somos “adoradores”, ou que “idolatramos” imagens. Sabemos que isto não é verdade e temos plena consciência que somente a Deus prestamos adoração. A Maria  dedicamos um culto, uma devoção, que se dirige a Ela e não a uma imagem. Esta devoção está fundamentada no papel singular que Ela desempenhou e desempenha na história da salvação ao ser escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo. Por isso tem a razão o grande devoto de Maria, Santo Afonso Maria de Ligório quando diz: um devoto de Maria não se perde!
O Pe. Zezinho nos deixa uma bonita lição a respeito da devoção a Nossa Senhora, numa música intitulada “Senhora e Rainha”:

O povo te chama de Nossa Senhora
Por causa de Nosso Senhor
O povo te chama de Mãe e Rainha
Porquê Jesus Cristo é o Rei do céu
E por não ti ver como desejaria
Te vê com os olhos da fé
Por isso ele coroa a tua imagem Maria
Por seres a mãe de Jesus
Por seres a mãe de Jesus de Nazaré


Como é bonita uma religião
Que se lembra da mãe de Jesus
Mais bonito é saber quem tu és
Não és deusa, não és mais que Deus
Mas depois de Jesus, o Senhor
Neste mundo ninguém foi maior

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